A Região situada entre o Rio Xingú e o Tocantins é uma área biogeográfica especial na Amazônia. Merece um estudo à parte, pela importância biogeográfica. Existe aí uma associação peculiar de espécies de Monodelphis. Provavelmente existem diferenças floro-faunísticas entre o interflúvio "Xingú-Araguaia" e o interflúvio "Araguaia-Tocantins". Isso poderá ser melhor compreendido numa visão mais detalhada, pois as "porteiras de acesso" a essas áreas estão afastadas. (Teoria das Porteiras - ARCANO).
Também está presente M. emiliae (no extremo da sua distribuição para o leste)
O único representante do grupo M. brevicaudata nessa região é M.
amazonica, uma espécie que veio da margem esquerda do Rio Amazonas,
junto com outras tantas. Monodelphis amazonica - localidade tipo :
Marabá (perto de Jatobal), PA, BR - Tipo: Museu Paraense Emílio Goeldi, MPEG 10247, macho.
Vemos neste mapa (em marrom) o interflúvio "XINGÚ - ARAGUAIA-TOCANTINS". Nessa região predomina uma forte influência do Cerrado e dos Campos de altitude. As formações abertas chegaram no passado até a Ilha de Marajó. Vejam a presença de M. domestica na região leste da ilha (que atesta esse deslocamento). A ilha abriga também a espécie M. amazonica que é típica da floresta. Esse interflúvio, é uma região muito especial por apresentar uma fauna mista, com elementos floro-faunísticos provenientes da margem esquerda do Rio Amazonas (norte), associados a elementos da margem direita e do Brasil Central (como é o caso de M. domestica, que é exclusivo das regiões com vegetação aberta).
Provavelmente no interflúvio Araguaia-Tocantins exista apenas M. americana, M. kunsi e M. domestica.
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